Segundo Reinado



Em 23 de julho de 1840, houve o chamado " Golpe da Maior Idade", que com o apoio do partido liberal agitaram o povo, que pressionou o Senado a declarar Dom Pedro II maior de idade aos 14 anos. Esse ato teve como objetivo mostrar que já havia um governador a pôr fim nas disputas políticas que abalavam o Brasil. Por exemplo, a Revolução Farroupilha ainda acontecia nesse período, e estava dominando cada vez mais a situação e tentando se separar do país, se tornar autônomo com a independência. A fim de impedir esse acontecimento D. Pedro II nomeou, como Comandante-chefe do Exército, o Barão de Caxias Além da liderança no Exército, o barão foi agraciado com o título de Presidente da província do Rio Grande do Sul. O Barão usou a diplomacia e conseguiu negociar com os gaúchos, e acabou com esse mal entendido, pois os principais vilões não estavam no Brasil e sim na Argentina e no Uruguai que buscavam a união das duas repúblicas, o que criaria um estado muito poderoso na Prata.

Além dos contextos políticos e dos conflitos da época de Dom Pedro II se destacou o crescimento da economia brasileira através do café, que se desenvolveu no comércio internacional, sua demanda aumentou devido à industrialização da Europa e dos EUA que necessitavam de mais matéria-prima, por causa da revolução indústrial, e ao liberalismo, que proporcionou a todos os países a liberdade de comércio. Internamente, o que mais favoreceu o crescimento econômico foi a solução do problema da mão-de-obra através da imigração européia. Houve a expansão do crédito, o qual ajudou muito na formação de novas safras de café, localizadas no interior paulista. Além disso, para o transporte da mercadoria houve o desenvolvimento da rede rodoviária que ajudou muito na economia. Devido a isso, houve diversificação das atividades econômicas, que por sua vez, estimulou a urbanização, já que toda a atividade comercial, a primeira induzida pela expansão do café, se concentrava nas cidades portuárias.

Apesar do império desfrutar de um momento de paz e prosperidade, aconteceu várias crises e desavenças que ocasionaram o fim do império. O uso de mão-de-obra escrava e a tentativa do imperador de impor sua influência sobre os países do Prata se tornaram agentes da degradação do império.

A Inglaterra foi o país que mais pressionou o Brasil, para a abolição da escravatura, não que eles quisessem a igualdade social, mas para aumentar o mercado consumidor europeu, porque eles estavam passando pela segunda revolução indústrial. Em troca dos acordos assinado em 1810, a Inglaterra queria que o Brasil botasse fim na escravidão. Mas, em 1844 o Brasil assinou a tarifa alves branco, que aumentava os impostos cobrados sobre os produtos exportados para o brasil. Aumentava 30% para os produtos em que não há produção nacional e 60% para produtos em que há produção nacional. O segundo é o maior para incentivar o consumo nacional. A coroa britânica decidiu reagir, assinando a lei Bill Aberdeen, que permitiam a navios britânicos atacarem navios negreiros no atlântico, e conseqüentemente vários navios foram abordados até nos litorais brasileiros. Em seguida foi decretado a lei Eusébio Queiroz, que consistia na proibição do comércio negreiro no Brasil. Então os donos do café passaram a comprar escravos do nordeste, dos produtores de cana, por preços altíssimos.

Em 1888 foi declarado a Lei Áurea, pela princesa Isabel, já não mais aguentando as pressões internas ela decidiu extinguir a escravidão do Brasil, mas teve suas terríveis conseqüências, os produtores de canas ficaram contra o regime imperial e foi um dos principais motivos para o fim do império.

Outras causas como as militares e as religiosas foram também favoráveis ao fim do império brasileiro. A primeira consistia em que os militares não podiam ir a imprensa sem uma prévia autorização do ministro da guerra. E para se sustentarem tinham que ter mais outros empregos, pois só este não podia pagar suas dividas, é que os militares apesar de terem uma seleção mais democrática e uma formação mais técnica, mas que não resultavam nem em valorização profissional nem em reconhecimento político, social ou econômico. Por fim, a ascensão profissional era difícil e baseada em critérios personalistas.

As causas religiosas foram a relação entre os bispos que eram contra a maçonaria e o imperador que era contra os bispos castigarem os maçons. O que acontecia na época era que os bispos agiam sem a comprovação do imperador para maltratar os seguidores da maçonaria, e conseqüência do regime imperial os bispos foram obrigados a fazer trabalho braçal durante quatro anos quebrando pedras. Em 1875, graças à intervenção do Duque de Caxias, os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, no episódio, a imagem do império desgastou-se junto à Igreja.

O fim do regime imperial aconteceu em 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil, acabando assim com o segundo reinado e com o Período Imperial do Brasil.

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